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Como ter tempo para inovar em meio a rotina?

Vivenciar a realidade de consumidores para compreender suas necessidades reveladas e não reveladas. Gerar ideias. Refinar essas ideias. Montar protótipos. Desenvolver projetos. Executar projetos. Mobilizar equipes. Alcançar resultados. Todas essas atividades inerentes ao processo de inovação dependem de um recurso fundamental e escasso: tempo.

Precisamos ter tempo para inovar

Não há recurso atualmente menos disponível nas organizações do que o tempo. Em parte pelo investimento em atividades que não agregam valor. Em parte por distrações, interrupções e falta de foco. O evidente é que se não houver tempo alocado não haverá insights, ideias e inovações.

Na última semana estive imerso com uma equipe de 30 executivos de uma grande e inovadora empresa brasileira moderando o seu Forum de Inovação. Umas das demandas da Diretoria foi para que falássemos de como as pessoas poderiam ter tempo para inovar. Assessorando empresas a lidar com tais desafios desenvolvemos um modelo que pode ajudar a sua empresa a definir a melhor forma de alocar tempo para inovar.

A primeira distinção se dá entre aqueles que são 100% focados em inovação e aqueles nos quais a inovação é uma responsabilidade complementar a sua função fundamental. Percebemos que cresce o primeiro grupo de pessoas que dedica todo seu tempo para inovar. Por outro lado, também aumenta a demanda das empresas para que todos seus profissionais sejam inovadores. Essa distinção está abaixo apresentada.

Full time de inovação

Os profissionais são totalmente dedicados a inovação como no caso de pesquisadores de áreas P&D, desenvolvedores de novos sistemas em empresas de TI, profissionais de marketing em empresas que tem estruturas específicas de inovação de produto ou mesmo gestores de inovação que fazem a administração do processo de gestão de inovação.

Para esse grupo o desafio não é garantir tempo para inovar mas ter eficiência no uso do seu tempo.

Part timers de inovação

Esse profissional é parcialmente dedicado a inovar. Ele se envolve em atividades relacionadas com o tema sem que essa seja sua principal função.

Há aspectos organizacionais que aumentam a chance de que o profissional assim o faça:

  • Cobrança da alta gestão;
  • Participação de projetos que sejam do seu interesse;
  • Alinhamento dessa participação com os instrumentos de avaliação de desempenho e remuneração;
  • Cultura da empresa reconhece esse tipo de conduta;
  • Quando as políticas sobre tais temas são claras.

Modelos de alocação de tempo para inovação

No entanto, preferimos nos ater nessa discussão aos modelos de alocação de tempo que já vivenciamos e que podem servir de guia para outras empresas adotarem.

Tempo livre não determinado

Aqui não há um processo estruturado nem uma politica sobre tempo para inovação. Cada individuo aloca o seu tempo, no momento e quantidade que entender maia adequado ao longo de suas atividades. É uma prerrogativa do indivíduo essa alocação. A maioria das empresas ainda trata da inovação dessa forma.

Tempo estimulado para inovar

Nesse modelo os gestores estimulam o investimento de tempo em inovação mas não determinam explicitamente uma politica de tempo para inovar, quanto ou quando faze-lo. Caberá ao profissional a alocação de tempo de acordo com seu dia a dia. A diferença para o primeiro modelo é que há uma demanda explicita sobre o tema.

Tempo definido para inovar

A alocação de tempo se dá em função do local, seja ele um evento, workshop, fórum, reuniões que são estabelecidas para tratar do tema. O tempo nesse modelo é criado em função de uma agenda definida para os assuntos de inovação.

Tempo delimitado para inovar

A empresa estabelece com o funcionário uma politica de tempo para inovação. Os casos da 3M e do Google são os mais reconhecidos. De 10 a 15% do tempo do colaboradores devem ser focados em inovação, por vezes para projetos de próprio interesse. O desafio está em pensar na sua empresa quem deve ser full time para inovar e como mesclar o uso dos modelos acima para aqueles que são part timers.

É fundamental que as pessoas tenham clareza sobre esse direcionamento. Se além disso, houver um conjunto de políticas de suporte para inovação aumentam as chances de que isso ocorra com sucesso.

Até a próxima inovação!

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