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Conexão de Resultados: Ocyan e IBBX

A Empresa

A Ocyan atua há décadas no fornecimento de serviços diversos para o setor de óleo e gás, incluindo manutenção, engenharia, suprimentos, fabricação, montagem, pintura offshore, além de oferecer serviços digitais e tecnológicos. É a única operadora brasileira de FPSOs, gerenciando quatro unidades em parceria com a Altera Infrastructure, e mantém contratos de longo prazo com o Consórcio de Libra, Karoon Energy e 3R Petroleum. A Ocyan também explora projetos de energia eólica offshore, focando na engenharia, produção, construção e instalação de estruturas submarinas, buscando sinergia com suas atividades existentes.

A Startup

A IBBX é uma startup brasileira de inovação, pesquisa e desenvolvimento. A companhia patenteou uma solução tecnológica que fornece energia elétrica a partir de ondas eletromagnéticas, capaz de carregar dispositivos fixos e móveis, e um protocolo de comunicação chamado LRLC (Long Range Low Cost). A tecnologia da IBBX se destaca pela potência, alcance e mobilidade, proporcionando redução de custos, aumento da produtividade e maior segurança e sustentabilidade nos processos dos clientes, promovendo uma verdadeira transformação para a Indústria 4.0.

A IBBX implanta redes privadas de IoT em empresas, onde qualquer objeto pode atuar como sensor para coleta de dados, desde linhas de produção até cultivos agrícolas e rebanhos. Esse ecossistema permite a captura e transmissão de dados sem fio, com dispositivos que recarregam suas baterias com a energia do ambiente. A startup está presente nos rankings “100 Startups to Watch” e “100 Open Startups“.

O Desafio

Na 3ª edição do Booster, a Ocyan buscou tecnologias para aprimorar a gestão de ativos, integrando e monitorando dados de múltiplas fontes e domínios para permitir uma gestão eficiente da informação. Mesmo com manutenções preventivas, equipamentos podem falhar, resultando em milhões de reais em prejuízos operacionais. Por exemplo, uma diária de uma plataforma offshore custa cerca de 800 mil dólares, e as plataformas têm um uptime médio de 95% a 98%. Aumentar esse uptime em 0,5% já representa uma economia significativa. O objetivo era desenvolver uma solução que atendesse aos desafios internos dos ativos Ocyan e construir uma parceria que viabilizasse a comercialização conjunta dessas soluções no mercado de óleo e gás.

“Temos muitos equipamentos críticos em nossos ativos, onde cada falha custa muito caro, bem como a manutenção preventiva destes equipamentos. Então, usar os dados para indicarmos o momento correto de se fazer uma intervenção no equipamento é uma informação preciosa para a Ocyan, e conseguir prever uma falha é ainda mais”, afirma Rodrigo Chamusca Machado, Gerente Executivo de Negócios Digitais e Tecnologia na Ocyan.

A Solução

A Ocyan já utilizava algumas técnicas de monitoramento online dos equipamentos no ambiente offshore, mas com aplicações limitadas relativas a predição de falhas devido às dificuldades de captura dos dados, comunicação, interferências e barreiras físicas, além da falta de conectividade. As tecnologias e sensores da IBBX visam suprir essas barreiras de comunicação e interface com o equipamento e, em uma camada superior, analisar os dados capturados por meio de inteligência artificial na plataforma IBBX Retina, fornecendo insights valiosíssimos para gestão de ativos da Ocyan.

Considerando as dificuldades para execução dos testes offshore, como a necessidade de treinamento de pessoal e restrições de vagas nas embarcações, as provas de conceito foram realizadas em terra. Simulando em laboratório as condições offshore, os testes focaram em três áreas: a eficácia do modelo de inteligência artificial (acima de 90%), a conectividade física entre dispositivos e a conectividade online para envio de dados via internet. A IBBX capturou o máximo de informações sobre as principais falhas nos equipamentos para ensinar seu modelo de IA.

Os sensores foram levados a um laboratório no Instituto de Tecnologia do SENAI, em São Paulo, para simular uma falha de rolamento e testar se a IA seria capaz de prevê-la. Era fundamental definir um algoritmo de detecção que fosse capaz de identificar as falhas mesmo com uma base de dados pequena para treinamento, realidade em que se encontram a maioria destes equipamentos offshore. Para testar a conectividade física entre sensores e gateway, foi simulada uma gaiola de Faraday, indicada pelos técnicos da Ocyan como o ambiente mais similar a uma plataforma offshore devido à quantidade de metais nas estruturas existentes.

“O que achamos interessantíssimo na IBBX foi ela conseguir cobrir todo esse espectro, desde a captura do dado do equipamento com um sensor de fácil instalação, a comunicação e envio destes dados até o software e, finalmente, a aplicação de IA para predição de falhas em um software com hospedagem em nuvem”, comenta Chamusca.

Os Resultados

Mesmo dentro da gaiola de Faraday, os sensores da IBBX se conectaram perfeitamente com o gateway, validando a hipótese de que os sensores também funcionarão com obstáculos de anteparas de aço como o ambiente offshore.

A validação da IA preditiva foi feita desbalanceando propositalmente um motor em uma bancada de testes. Os sensores IoT capturaram e emitiram os dados para o software, que previu as falhas com uma acurácia superior a 90%.

Os próximos passos do projeto envolvem uma nova etapa de testes em plataformas onshore e o desenvolvimento dos sensores para estarem aptos a serem instalados em áreas classificadas (à prova de explosão).

“A ideia é que a IBBX forneça esses dispositivos para a Ocyan, e a Ocyan se torne um integrador para o mercado de óleo e gás, iniciando por suas próprias bases em solo”, afirma Marco Aurélio Candido, Coordenador de Performance da IBBX.

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