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Série ESG Innovation: Diver.SSA e Itaú

Destaque nas pautas ESG, o artigo de hoje é sobre o Itaú e sua parceria com a startup Diver.SSA, uma iniciativa focada em fomentar o empreendedorismo feminino de impacto social no Norte e Nordeste. Confira!

Diver.SSA e Itaú

STARTUP

Com mulheres para mulheres, a Diver.SSA é uma iniciativa focada em fomentar o  empreendedorismo das mulheres de impacto social no Norte e Nordeste. Toda a sua abordagem de trabalho considera as mais diversas feminilidades, contextos interculturais e vulnerabilidades sociais. A Diver.SSA atua com uma metodologia própria, baseada em três pilares principais: Autoconhecimento, Autoconfiança e Autogestão.

Somando clientes como Ambev, Google, Discovery Brasil e Oi Futuro, a startup traz uma lente da diversidade de gênero e raça para essas grandes empresas, como estratégia de impacto social direto. “A experiência que a Diver.SSA busca trazer pode ser definida em quatro palavras-chave: acolhimento, educação, co-criação e investimento. Acreditamos que existem muitas mulheres suficientemente treinadas, que só precisam de recursos financeiros e de confiança para deslanchar”, diz Ítala Herta, Fundadora da Diver.SSA. “Deixar de investir em negócios de mulheres, alegando que essas empresas não existem ou não têm maturidade, é ignorância. Quem diz isso está procurando nos lugares errados e a Diver.SSA quer dar evidência aos lugares certos.”

EMPRESA

Fundado em 1924, o Itaú Unibanco é o maior banco privado do Brasil, a maior instituição financeira da América Latina e uma das maiores do mundo. Com presença em 18 países, a marca é apontada pelo 16º ano consecutivo como a mais valiosa do país, segundo o ranking Interbrand, entre outros importantes reconhecimentos.

Além dos investimentos em educação, esporte, cultura e mobilidade urbana, a instituição desenvolve diversas iniciativas focadas no ESG. Desde 2019, a empresa aposta em uma nova visão estratégica de sustentabilidade, os Compromissos de Impacto Positivo. Ao todo, são dez agendas com 46 metas e indicadores alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

“Nos últimos dois anos, evoluímos muito na incorporação do ESG aos nossos negócios. Entre os principais resultados disso estão o desembolso, para nossos clientes empresariais, de mais de R$ 50 bilhões para 20 setores de impacto positivo e a participação em mais de R$ 30 bilhões em ESG bonds, tanto no mercado local quanto no internacional”, afirma Leila Melo, membro do Comitê Executivo responsável pelas áreas Jurídica, de Relações Corporativas e Sustentabilidade do Itaú Unibanco, à Forbes.

O Itaú Unibanco foi selecionado pela 21ª vez consecutiva para fazer parte do Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones (DJSI World), sendo a única instituição financeira latino-americana a fazer parte do índice desde sua criação, em 1999. “Além disso, somos signatários de 18 pactos com instituições que também estão comprometidas com a sociedade. São compromissos em diversidade, responsabilidade social empresarial, meio ambiente e ética nos negócios”, acrescenta Leila.

OPORTUNIDADE

Seguindo a ideia de que equipes mais diversas geram empresas mais inovadoras, o Itaú resolveu implementar a diversidade além dos seus 88 mil colaboradores e aplicá-la em seus projetos também. Dados do Sebrae mostram a força do empreendedorismo feminino nas regiões Norte e Nordeste do país, que concentram respectivamente 24% e 8% das mulheres empreendedoras do Brasil, com a maior concentração de empreendedoras negras.

Os destaques são para Sergipe (39%) e Ceará (38%), estados com as maiores proporções de mulheres no total de “donas do negócio”. Ao mesmo tempo, nessas regiões se apresentam os mais baixos indicadores de escolaridade, os rendimentos dos negócios são menores, e também estão as menores taxas de empregabilidade por empresa.

Reconhecendo esse gap no mercado, na nova proposta, o Itaú Mulher Empreendedora se preocupa mais com as questões de raça, gênero e território. Criado há 7 anos e com 60 projetos beneficiados, pela primeira vez, o programa priorizou as inscrições de mulheres negras e indígenas do Norte e Nordeste do Brasil, assim como trouxe um aporte para as finalistas, que receberam um investimento semente de 10 mil reais, a partir da co-criação com a startup Diver.SSA e apoio da International Finance Corporation (IFC), organização do Grupo Banco Mundial.

Quando nos aproximamos do Itaú e trouxemos essas lentes de aumento, focamos em três bases. Primeiro: estamos lidando com urgências. Essas mulheres precisam de um apoio, principalmente por conta da pandemia. Segundo: precisamos colorir essa iniciativa. Então, priorizamos esses marcadores durante a execução. E, por fim, a importância do investimento semente para um impacto real na vida dessas empreendedoras. Dessa forma, implementamos nossa metodologia de acolhimento psicológico e emocional, antes de dar todas as ferramentas de negócio”, conta ítala.

Em 2020, o programa lançou edital para a seleção de negócios liderados por mulheres de todo país, em especial negras, indígenas e LBTs (lésbicas, bissexuais e transexuais) mais vulneráveis, das regiões Norte e Nordeste. Das 286 inscritas, quase 80% eram das regiões Norte e Nordeste e 83% de mulheres negras ou indígenas. Trinta foram selecionadas para a primeira fase de acompanhamento – a Jornada de Acolhimento Estratégico, metodologia desenvolvida pela Diver.SSA, com duração de seis dias.

Da primeira fase, saíram dez finalistas para a etapa seguinte, a Jornada de Aceleração de Apoio ao Micronegócio, realizada em janeiro de 2021. Foram 21 horas de facilitações e 20 horas de mentoria, com 26 pitches no total. A partir disso, foram selecionadas as seis microempreendedoras que receberam o investimento semente.

O programa Aceleração Itaú Mulher Empreendedora representa o compromisso em estimular o poder de transformação das pessoas. Estamos muito felizes em poder ajudar empreendedoras de diversos contextos e com negócios de impacto nas regiões determinadas” diz Luciana Nicola, superintendente de relações institucionais, sustentabilidade e negócios inclusivos do Itaú Unibanco, à Revista Exame.

RESULTADOS

As empreendedoras selecionadas foram Morena Mariah (Afrofuturo, Rio de Janeiro), Solange Borges (Culinária de Terreiro, Bahia), Ercília de Souza (Ercília Arte Desana, Amazonas), Jéssica Santos (Zarina Moda Afro, Pernambuco), Julia Morais (Flor de Maio, Bahia) e Geysa Lopes (Furniture Pallet, Ceará). Todas são acompanhadas pelo período de um ano e recebem todo apoio durante a jornada.

Além do investimento, cada empreendedora desenvolveu seu negócio e amadureceu seu escopo inicial. “Solange, por exemplo, moradora de uma agrovila em Camaçari, na Bahia, entrou com a ideia fixa de criar uma casa de farinha de aipim na sua comunidade. E, hoje em dia, criou o Culinário de Terreiro, um projeto que reúne produção de alimentos orgânicos, vivência e turismo étnico. Ela está vendendo cursos de culinária na internet, enquanto a agrovila produz cestas e distribui por meio de delivery. Além disso, conseguiu criar a casa de farinha, uma geração de renda que impacta outras mulheres”, conta Ítala. 

Segundo Luciana, o banco está em constante amadurecimento das estratégias de apoio ao empreendedorismo brasileiro, como a agenda de gênero, a expansão das soluções de apoio à gestão, com digitalização e disponibilização em plataformas abertas, além do atendimento de empresas em diferentes momentos de negócio. “Agora, atuamos para ser mais inclusivos. Apoiar o empreendedorismo feminino negro, especialmente concentrado nas regiões Norte e Nordeste do país, é estimular que mais de 2,7 milhões de empreendimentos femininos possam progredir, e, por meio deles, o entorno e toda economia se desenvolva, aumentando o impacto positivo na sociedade“, explica a executiva.

Apesar da inovação que a iniciativa traz, ela é só o início da transformação do mercado. “As mulheres têm uma possibilidade de geração de riqueza absurda, que é mal explorada. O que as impede, estruturalmente, de usufruir das oportunidades e serem reconhecidas como sujeitos intelectuais”, afirma ítala. “As marcas ainda estão andando em passos muito lentos para a necessidade de inovação e de olhar para outras economias e outros impactos, independente da sigla dada. É menos sobre inventar a roda e mais sobre assumir o que já existe e potencializá-lo.

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Até a próxima!

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FONTES:
www.diverssa.org
www.exame.com
www.forbes.com.br
www.revistaempreende.com.br

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