fbpx

Série ESG Innovation: O que é ESG na prática?

A pandemia acelerou dois temas críticos na agenda empresarial: inovação e sustentabilidade. 

A partir de hoje, vamos apresentar a Série ESG Innovationcom cases reais de conexão entre empresas e startups com foco em temas de ESG. Por serem os temas mais relevantesno mundo corporativo, as companhias estão constantemente aderindo à Inovação e ao ESG. 

Mas, muitas vezes, os termos não são bem fundamentados, o que transforma alguns projetos em espuma. Por isso, o objetivo da série é entender melhor como a sigla funciona na prática e aprender, com esses exemplos, o caminho para a inovação sustentável.

O QUE É ESG E COMO ESSE TERMO SURGIU

ESG é a sigla em inglês para as palavras environmental, social and governance, conhecida em português como ASG, “ambiental, social e governança”. Refere-se a um conjunto de boas práticas voltadas ao meio ambiente, à sociedade e à administração. Além disso, ESG também pode ser usado como métrica para investimentos ao avaliar o desenvolvimento e solidez de um negócio. Ou seja, a análise baseia-se, além dos critérios financeiros, nos fatores ambientais, sociais e de governança de uma companhia. 

Entenda melhor como cada letra da sigla é aplicada:

  • Environmental (ambiental): a letra E da sigla diz respeito às práticas no que concerne à conservação do meio ambiente. É uma área de grande abrangência, englobando assuntos como poluição do ar e da água, aquecimento global, emissão de carbono na atmosfera, desmatamento, entre outros. 
  • Social: a letra S tem ligação à esfera social, ou seja, ao cuidado e evolução com o relacionamento humano, sejam os colaboradores ou a sociedade em geral. Na prática, a proteção de dados de clientes, a diversidade na equipe e o respeito aos direitos humanos e à legislação trabalhista vigente são critérios básicos dessa categoria.
  • Governance (governança): a letra G, por sua vez, inclui transparência, ética e responsabilidade perante riscos.Tem relação com a governança e administração da empresa. São levados em conta, por exemplo, a conduta corporativa, a relação com entidades governamentais e a existência de um canal de denúncias.

Apesar de o termo ter se popularizado recentemente, apreocupação com as práticas sustentáveis existe há bastante tempo. Desde a criação do Socially ResponsibleInvesting (SRI ou, em português, Investimento Sustentável Responsável), nas décadas de 1970 e 1980, os fundos de investimento consideram critérios sociais na análise dasempresas. Ao passar dos anos, ocorreu sua consolidação às novas preocupações quanto à responsabilidade corporativa dos negócios. É, então, que a sigla ESG surge oficialmente,em 2005, no relatório Who Cares Wins (ou, em tradução livre, “Ganha quem se importa”), resultado de uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU). A ação contou com diversos países, incluindo o Brasil, para desenvolver diretrizes e recomendações sobre como incluir questões ambientais, sociais e de governança no mercado financeiro. A conclusão foi de que a incorporação dessas três letras garante a sustentabilidade da companhia a longo prazo, e otimiza os resultados para a sociedade.

ESG NO MERCADO ATUAL

O crescente destaque do ESG, impulsionado pela Covid-19, deve-se à relevância que os temas vêm ganhando na consciência coletiva do mercado consumidor, em especial, os mais jovens. Negócios que respeitam o meio ambiente, os trabalhadores em todos os níveis, e garantem uma boa gestãocom transparência, terão cada vez mais espaço nas escolhasdos consumidores. São exigências inspiradas pelo comportamento das novas gerações, que estão cada vez mais engajadas em marcas autênticas e responsáveis.

Simultaneamente, uma série de iniciativas globais fomentam esse mercado, como a Agenda 2030 e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). No Brasil, essa relação apresenta crescimento exponencial. Conforme levantamento realizado com as companhias que fazem parte do ISE, Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3, 83% delas possuem processos de integração dos ODS às estratégias, metas e resultados. 

No mundo atual, em que as empresas são acompanhadas de perto pelos seus diversos stakeholders, ESG passa a serindicação de solidez, custos mais baixos, melhor reputação e maior resiliência em meio às incertezas e vulnerabilidades. Isso se comprova pela ascensão da alocaçãode investimento responsável, que chega a 36% do total de ativos financeiros sob gestão no mundo, segundo a Global Sustainable Investment Alliance, o que representa US$ 31 trilhões. A previsão é de que os fundos de ações com foco em ESG tenham uma taxa de crescimento anual composta de 26,8%, de acordo com a PwC.

Torna-se, portanto, cada vez mais necessária a adaptação às novas requisições mundiais, para garantir vantagem e impacto no mercado. Mas como melhorar as métricas ESG das empresas?

Saiba como aplicar a inovação na sua empresa>>

ESG NA PRÁTICA

Buscando melhorar as métricas ESG, as empresas têm optado por práticas diversas, muitas vezes encontrando apoio na inovação. Apesar disso, é preciso tomar cuidado no desenvolvimento do projeto. Casos de greenwashing ou bluewashing não são difíceis de encontrar e resultam de planejamentos estratégicos mal executados. Para uma inovação ESG de sucesso, são necessários três pilares de ação:

ENTENDA SEU CONTEXTO

É impossível desenvolver uma Cultura de Inovação sem intervir no mindset, nos hábitos e comportamentos das pessoas da organização. Por isso, entender o contexto da empresa, do time e a posição de mercado são essenciais. Ao mesmo tempo, é fundamental compreender as necessidades e objetivos dessa mudança. Se sua empresa é de óleo e gás, um projeto de redução no consumo de copos plásticos, por exemplo, tem pouca relevância. A operacionalização do sistema só funciona com uma estratégia fundamentada na realidade, senão o projeto está fadado a ser espuma. 

DEFINA PRIORIDADES

As ações inovadoras e sustentáveis necessitam de uma liderança estratégica. Por isso, é crucial que se definam as prioridades de ESG a partir do contexto da empresa. O que é possível fazer, que traga impacto para todo cenário no qual a corporação está inserida? É necessário apostar em uma compreensão de oportunidades que façam sentido para a estratégia da empresa, aliando visão de negócios e princípiosESG. Dessa maneira, a companhia estará preparada para buscar soluções efetivas aos problemas definidos.

BUSQUE SOLUÇÕES

Com um bom plano contextual e estratégia definida, está na hora de executar a implementaçãoo. Uma alternativa eficaz escolhida pelas grandes corporações é a conexão com startups sustentáveis. Mais do que gerar novos negócios, os programas de Inovação Aberta podem otimizar os processos das empresas. As startups com foco em ESG juntas já receberam o total de 991 milhões de dólares em investimentos ao longo da última década, segundo o estudo Inside ESG Tech Report. Cerca de 90% de todo volume investido aconteceu nos últimos três anos. Só no Brasil, existem quase 800 startups de ESG, conforme o relatório. A conexão gera soluções inovadoras para o mercado de forma ágil e eficiente, tornando, assim, as medidas ESG mais fáceis de serem alcançadas. 

Saiba qual o melhor modelo de conexão para sua empresa>>

VANTAGENS

A “empresa do futuro” não é só inovadora, mas é também socialmente responsável, e, acima de tudo, preocupada em implementar uma liderança consciente, pautada na longevidade dos negócios e em criar um ambiente de bem-estar para seus colaboradores e para a sociedade. É preciso estar atento à rápida transformação dos mercados globais. 

Nas próximas semanas publicaremos casos reais de inovação aberta com foco em ESG de grandes empresas brasileiras.

Não deixe de acompanhar o nosso blog e nossas redes sociais para conhecer os próximos cases de sucesso!

Até a próxima!

Fontes:

www.exame.com

ww.amcham.com.br

www.invest.exame.com

Tags relacionadas:

Talvez você goste: