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Série Startups Corporativas – Marketplace no Magazine Luiza

O artigo de hoje traz o case de sucesso do marketplace criado em 2016 pelo Magazine Luiza. Não é à toa que a parte do texto que fala sobre os resultados é a maior delas. Confira os detalhes!

9º CASE: Marketplace no Magazine Luiza

Sobre o Magazine Luiza

O Magazine Luiza é uma rede varejista de eletrônicos e móveis fundada em 1957 na cidade de Franca, São Paulo, pelo casal Pelegrino José Donato, já falecido, e sua esposa Luiza Trajano Donato, que hoje é CEO da empresa.

A Magalu, como também é conhecida, se destaca por ser uma varejista tradicional que mais cresce no país através de lojas físicas – mais de 1000 espalhadas por 18 estados -, além de ser atualmente um dos maiores e-commerces do Brasil, com mais de 18 milhões de clientes únicos em 2019.

Marketplace

Com o objetivo de ser uma empresa digital com pontos físicos e calor humano, o Magazine Luiza criou, em 2016, o Marketplace para viabilizar essa estratégia. Conforme Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza, a empresa, através do marketplace, visa ampliar exponencialmente a oferta de produtos aos milhões de clientes e dar condições para que os parceiros – os sellers – cresçam de forma sustentável. 

Em poucos meses, o marketplace conseguiu reunir 220 mil itens dos mais variados tipos. Em 2017, a empresa adquiriu 100% da startup de e-commerce Integra com o intuito de agregar ainda mais valor à plataforma. Com a incorporação, lojistas que desejam fazer parte do marketplace não precisam mais recorrer à intermediação de plataformas de terceiros. Além disso, a aquisição da Integra possibilitou que o LuizaLabs, laboratório de inovação do Magazine Luiza, ganhasse um novo braço: o Labs Itajubá, localizado na cidade de Itajubá, sul de Minas Gerais. Os 24 funcionários da Integra passaram a fazer parte do grupo que pensa o futuro do Magazine Luiza, focados, principalmente, no desenvolvimento do marketplace. 

O que é e como funciona o negócio

Através do canal, outras empresas podem vender seus produtos nos sites, se tornando “empresas parceiras”. As grandes varejistas ganham comissões e podem ajudar na exposição dos produtos, na logística de entrega, entre outras facilidades. Além disso, o Magalu criou serviços complementares além da plataforma, como o “Magalu Entregas”, para realizar serviços de logística, e o “Magalu Pagamentos”, para oferecer serviços financeiros aos usuários do marketplace.

Os pequenos comerciantes, por sua vez, têm a vantagem de ter acesso aos milhões de clientes já adquiridos pelas grandes companhias. É um dos únicos marketplaces a ter um sistema de entrega próprio. 

Vantagens para o seller que vende pelo Magazine Luiza:

  • Emitir etiquetas de envio gratuitamente pelo Magalu Entregas;
  • Aumentar a exposição dos seus produtos com anúncios do Magalu ADS;
  • Participar de um programa de vantagens oferecendo descontos com o Clube da Lu.

Inovação como cultura

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Mesmo sendo uma marca tradicional, a Magalu sempre investiu em inovação. A prova disso é que a companhia tem um e-commerce desde 1992, investiu em uma operação Omnichannel, tendo o mesmo centro de distribuição para suas lojas e para o seu e-commerce, além de ter abraçado a transformação digital dentro de casa, com mais de 500 profissionais no Luizalabs, a área de inovação e tecnologia, que começou com apenas quatro pessoas dentro de uma sala de massagem desativada do Magazine Luiza. A área segue uma rotina de startup, com espaço para a criatividade e geração de ideias, criando e testando novas soluções de forma rápida e sem burocracia.

A Magalu é outro exemplo dessa cultura de inovação que deu certo. Foi criada em 2007, inspirada na Luiza Helena Trajano, mãe do atual CEO da marca. A Lu começou como uma vendedora virtual, virou especialista digital, youtuber e case de humanização de marca no Brasil.

Hoje, a varejista é uma das empresas que mais cresce no país, com uma valorização de 9.000% na bolsa entre 2016 e 2019, fazendo da Magalu uma das marcas mais valiosas do Brasil. Ainda em 2019, ela adquiriu a Netshoes, um dos principais e-commerces do país, voltado especificamente para a área de esportes e vestuário.

Projeções e resultados

Fonte: ecommercebrasil.com.br

No primeiro trimestre de 2019, o marketplace cresceu 244%, no segundo trimestre, 289%. O número de lojistas passou de 5.000 no primeiro trimestre para mais de 8.000 em junho, além de a variedade de produtos ter aumentado, indo de 5,4 milhões de itens no primeiro trimestre para 7,5 milhões no segundo. Quase metade dos clientes do Magalu compraram algum produto vendido no marketplace.

O marketplace da Netshoes, especializada em artigos esportivos e moda e comprada em junho, contribuiu com 250.000 itens e 1.000 vendedores, fazendo com que o Magalu entrasse em categorias até então inexploradas.

Segundo Frederico Trajano, o Magalu levou 42 anos para atingir o primeiro bilhão de reais nas lojas físicas, e o e-commerce precisou de uma década. No marketplace, bastaram dois anos.

Atualmente, as lojas físicas, apesar de continuarem sendo importantes para a empresa, atuam mais como um braço logístico. As lojas foram transformadas em mini-centros de distribuição, nas quais 30% do espaço físico se tornou um estoque para o on-line. Com isso, o tempo e o custo de entrega para o consumidor final diminuíram. 

O faturamento do e-commerce do Magazine Luiza cresceu 203% no primeiro trimestre de 2020, em comparação ao mesmo período em 2019. Hoje, as vendas nos canais digitais representam 53% das vendas totais da companhia. Sua operação digital é composta pelo site, aplicativo, marketplace (no qual terceiros podem vender produtos na empresa), Netshoes, Zattini, Época Cosméticos e Estante Virtual.

Com o início da quarentena e o fechamento de lojas físicas no varejo em diversos pontos do país, o Magazine Luiza passou a focar na vertical “mercado” de produtos. Dentro deste cenário, itens de higiene pessoal, limpeza e bebidas, entre outros, passaram a ser entregues em até 48 horas. Devido ao fato de ter investido os últimos dez anos no e-commerce, a companhia vem se destacando desde o início da pandemia, em que os canais digitais, em alguns períodos, se tornam a única maneira de vender.

Fontes:

exame.com

startse.com

ecommercebrasil.com.br

br.fashionnetwork.com

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